Fiquei impressionado com a dica do Vanderlei sobre uma fotógrafa do Nordeste...
O Flickr dela é impressionante.
Destaque para a pasta - Homicídios.
Domínio de diferentes técnicas, transformação do cotidiano em poesia visual, lirismo, dinâmica, memória, etnografia...
Tudo lá.
Quem quizer acessar, o endereço tá aí:
http://www.flickr.com/photos/annaclarice/
Inspiração total e sensibilidade a mil!!!!!
Parabéns pra Annaclarice.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Dicas de Português
Oi pessoal!
Recebí um pps esses dias com várias dicas para melhorar o relacionamento com a Língua Portuguesa.
Não vou reproduzí-lo aqui, mas uma delas me chamou a atenção e vale o registro:
"MIM não conjuga verbos. Por isso, não se diz ou se escreve `pra mim fazer` ou `pra mim dizer` e sim `para eu fazer` e `para eu dizer`".
Só quem conjuga verbos são: EU, TU, ELE, NÓS, VÓS, ELES.
Dado o recado!
Recebí um pps esses dias com várias dicas para melhorar o relacionamento com a Língua Portuguesa.
Não vou reproduzí-lo aqui, mas uma delas me chamou a atenção e vale o registro:
"MIM não conjuga verbos. Por isso, não se diz ou se escreve `pra mim fazer` ou `pra mim dizer` e sim `para eu fazer` e `para eu dizer`".
Só quem conjuga verbos são: EU, TU, ELE, NÓS, VÓS, ELES.
Dado o recado!
quarta-feira, 7 de maio de 2008
A escrita é outra
* Trecho da crônica de Fernando Sabino
Leio no jornal uma entrevista com o autor de Cem Anos de Solidão. Só que seu nome é Gabriel García Márquez e não Marques, como saiu publicado.
Náo que eu seja lá muito cioso dessas coisas, pelo contrário: meus lapsos ortográficos costumam ser bem mais graves que uma simples troca do z pelos s. Fixei na memória a grafia certa do nome do escritor, não só por ter sido com Rubem Braga o seu primeiro editor no Brasil, mas principalmente por causa daquela sensacional entrevista sobre ele, que dei na época a uma estagiária de um jornal do Rio.
- Me mandaram fazer com você uma entrevista sobre o marquês - e ela foi ligando logo o gravador.
- Que marquês? - estranhei.
- Esse que vocês editaram.
- Não editamos nenhum marquês, que eu saiba.
- O autor desse best-seller de vocês, Cem Anos de Perdão.
- De solidão.
- Ou isso: de solidão. Ele não é marquês?
- Não. Ele não é marquês. O nome dele é Gabriel García MÁRQUEZ. Com z no fim. Se duvidar, é capaz de ter até acento no a.
- Então é isso. Foi confusão minha - e ela não se deu por achada, muito menos por perdida, sempre empunhando um gravador junto ao meu nariz. - Por que é que o livro dele está fazendo tanto sucesso?
- Porque é um livro muito bom.
- Foi por isso que vocês publicaram?
Respirei fundo:
- Por isso o quê, minha filha? Por ser muito bom?
Ela me olhou como se estivesse entrevistando uma toupeira:
- O que eu estou querendo saber é por que vocês publicaram o livro dele.
- Porque nos foi recomendado como sendo um livro muito bom.
- Recomendado por quem?
- Pelo Neruda?
- Quem?
- Pablo Neruda. Quando ele esteve no Rio pela última vez, falou com o Rubem que se tratava do romance mais importante em língua espanhola desde Dom Quixote.
- Quem é esse?
- Esse quem? O Rubem?
- Não: o outro.
- Dom Quixote?
- Não: esse cara que você falou antes. O que recomendou o livro.
Resolvi deixar cair:
- Você vai me desculpar, minha filha, mas não dá. A entrevista fica para outra vez, quem sabe. É muita honra para um pobre marquês, mas infelizmente... Ou Márquez, se você náo se incomoda. No mais, muito obrigado.
- Eu é que agradeço!
Ela desligou o gravador, com ar satisfeito, despediu-se e foi embora.
Leio no jornal uma entrevista com o autor de Cem Anos de Solidão. Só que seu nome é Gabriel García Márquez e não Marques, como saiu publicado.
Náo que eu seja lá muito cioso dessas coisas, pelo contrário: meus lapsos ortográficos costumam ser bem mais graves que uma simples troca do z pelos s. Fixei na memória a grafia certa do nome do escritor, não só por ter sido com Rubem Braga o seu primeiro editor no Brasil, mas principalmente por causa daquela sensacional entrevista sobre ele, que dei na época a uma estagiária de um jornal do Rio.
- Me mandaram fazer com você uma entrevista sobre o marquês - e ela foi ligando logo o gravador.
- Que marquês? - estranhei.
- Esse que vocês editaram.
- Não editamos nenhum marquês, que eu saiba.
- O autor desse best-seller de vocês, Cem Anos de Perdão.
- De solidão.
- Ou isso: de solidão. Ele não é marquês?
- Não. Ele não é marquês. O nome dele é Gabriel García MÁRQUEZ. Com z no fim. Se duvidar, é capaz de ter até acento no a.
- Então é isso. Foi confusão minha - e ela não se deu por achada, muito menos por perdida, sempre empunhando um gravador junto ao meu nariz. - Por que é que o livro dele está fazendo tanto sucesso?
- Porque é um livro muito bom.
- Foi por isso que vocês publicaram?
Respirei fundo:
- Por isso o quê, minha filha? Por ser muito bom?
Ela me olhou como se estivesse entrevistando uma toupeira:
- O que eu estou querendo saber é por que vocês publicaram o livro dele.
- Porque nos foi recomendado como sendo um livro muito bom.
- Recomendado por quem?
- Pelo Neruda?
- Quem?
- Pablo Neruda. Quando ele esteve no Rio pela última vez, falou com o Rubem que se tratava do romance mais importante em língua espanhola desde Dom Quixote.
- Quem é esse?
- Esse quem? O Rubem?
- Não: o outro.
- Dom Quixote?
- Não: esse cara que você falou antes. O que recomendou o livro.
Resolvi deixar cair:
- Você vai me desculpar, minha filha, mas não dá. A entrevista fica para outra vez, quem sabe. É muita honra para um pobre marquês, mas infelizmente... Ou Márquez, se você náo se incomoda. No mais, muito obrigado.
- Eu é que agradeço!
Ela desligou o gravador, com ar satisfeito, despediu-se e foi embora.
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